
Quem são Jace e Vraska?
Jace é um humano do plano de Vryn, nascido na travessia de Silmot;
Vraska é uma Górgona original do plano de Ravnica, especificamente cidade baixa de Ravnica;
Jace já é um personagem exclusivamente da cor azul.
Vraska é normalmente apresentada com cartas verdes / pretas; mas também possui também versões unicamente pretas;

Semelhanças e diferenças
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Ambos os personagens possuem um percurso difícil em seus momentos iniciais, vindos de lares pobres e de regiões menos importantes em seus planos de origem. Passaram por uma série de desafios e traumas antes de se estabelecerem. Dito isso, seus caminhos seguem diferentes rumos, mas os dois contam histórias de superação, vingança e principalmente reencontro.
Jace

O plano de Vryn era marcado por uma disputa entre duas facções sempre em guerra. Esse conflito era intermediado por “árbitros”, figuras de status que deveriam buscar a paz. Um desses, um poderoso mago mental, se tornou mestre de Jace: a Esfinge Alhammarret.
Jace tem seus dons telepáticos treinados pelo mago enquanto coletava informações para o mesmo, supostamente a fim de produzir a paz. Mas acaba descobrindo que não somente estava aprendendo, mas sendo usado pelo tutor - Jace era usado para fomentar a guerra enquanto Alhammarret lucrava.

Estratégia arriscada
Revoltado e cansado, Jace também já se via muito mais poderoso, finalmente capaz de entrar em atrito contra o grandioso professor. Ainda que muito mais experiente, Jace sabia das dificuldades dessa batalha e principalmente sabia que, para vencer, algo teria de ser perdido.
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Em uma jogada perigosa, Jace leva a luta para onde teria vantagem: a própria mente. Com isso, golpeia Alhammarret ao custo de perder boa parte de suas memórias de infância, mas para Alhammarret o golpe fora muito mais arrasador - ele esquecera como respirar. Vencedor da batalha, mas esgotado, Jace involuntariamente transplana e chega pela primeira vez a Ravnica.

Vraska

Vraska aparece pela primeira vez em Ravnica, sendo uma Golgari. Num momento em que diversas raças e grupos na guilda eram diminuídos em comparação aos elfos, Vraska se incomodava com essa relação desequilibrada de “classe”. Mas vai ser aos 17 anos, em uma grande prisão promovida pela Guilda Azorius, que tudo começa a se afunilar mais.
Nesse cárcere conhecido como “Expurgo do Crepúsculo”, Vraska e diversos outros párias sofrem violências em série pelos seus captores. A revolta ante a injustiça e o aprisionamento levam Vraska a promover duas rebeliões. A primeira, plenamente frustrada, serve somente para aumentar muito as agressões diárias. Mas junto à violência, sua sede por justiça é igualmente endurecida.
A segunda revolta
Consumida pela tormenta de estar presa, a segunda revolta toma contornos de “tudo ou nada”. Decidida a nunca se ver humilhada desta forma novamente, Vraska lidera os detidos à vitória. Mas a um preço: durante o combate, um dos mais poderosos membros Azorius é contido e, sabendo que a Górgona se aproximava para o petrificar, este aperta os olhos e, em um derradeiro esforço, se liberta em direção a Vraska com um objetivo: Matá-la.
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Vraska é atingida brutalmente, se vendo arrasada, derrotada e a beira da morte certa, até que não mais… a sua centelha havia despertado. A revolta em Ravnica teve sucesso em libertar seus companheiros, mas sem entender, Vraska estava em um plano novo. Salva, mas tragicamente cativa. Em um lugar inóspito, desconhecido e sobretudo fechado. Vraska se vê presa, novamente.
Primeiro encontro: conflito
Estamos novamente em Ravnica. Nesse momento da história, Jace já é “O Pacto das Guildas Vivo”, ou seja, o grande mediador político das dez guildas. Sua função é manter o equilíbrio de forças entre os poderes presentes na grande cidade. Já Vraska, depois de muito tempo de meditação, exercícios e autoconhecimento, escapa finalmente de sua prisão, e finalmente retorna a Ravnica.

Uma série de assassinatos começa a chamar a atenção de Jace. Mortes cada vez mais centradas em personalidades de destaque e poder na cidade, homicídios sempre espetaculares, feitos não somente para chamar atenção, mas sobretudo para criar caos.
O encontro
Vraska estava por trás dessas ações. Em sua sede de justiça e vingança, ela resolve inverter a dinâmica de poder na cidade. Logo ela percebe que um novo personagem é essencial para seus planos: Jace Beleren.
Nesse contexto, temos o primeiro encontro dos personagens. Aqui eles disputam em argumentos e força, mas com as típicas artimanhas de Jace, a Górgona sai derrotada em seu objetivo principal.
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Reencontro e aproximação: A grande virada
Agora vamos ao plano de Ixalan e já estamos enredados nos planos do grande vilão Nicol Bolas. Com sorte, Jace foge da sua primeira batalha com o dragão ancião e, com isso, se vê em Ixalan, largado e sem memórias. Já Vraska está no plano a mando de Bolas.
Encontrando Jace à deriva, Vraska logo nota que ele não é precisamente o mesmo. As lembranças perdidas o tornam mais amigável e um potencial aliado na missão dela.
Ambos seguem esse caminho à procura de conquistar o que Bolas queria - um artefato chamado Sol Imortal. Todo esse processo aproxima os personagens. Obviamente, Vraska ainda tem seu objetivo em mente: se tornar líder dos Golgari e trazer justiça aos párias da guilda - e por isso seguia a missão a mando de Nicol Bolas.

O momento chave e uma decisão difícil
Mas nem ela, nem Jace tinham dimensão dos poderes do artefato. Neste ponto, a relação dos dois é bem complexa e distante da dinâmica de inimizade estabelecida em Ravnica. Por conta disso, Vraska se surpreende quando, com o Sol Imortal nas mãos, Jace entra em colapso. É uma questão de instantes até que tudo fique obvio. Ela vê os olhos brilhantes de Jace mudarem para os antigos olhos profundos de quem viveu muito.
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Jace diz:
- Eu lembro de tudo.
Vraska, ao perceber a possível perda, entende haver algo mais entre eles. Jace confirma que suas experiências juntos foram reais. Ainda insegura, Vraska escuta:
- Eu precisava lembrar. Porque se eu esquecer de novo, posso acabar perdendo isso…
E ela pergunta:
- Isso?
- Você. - Jace responde, provando a importância dela.
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Vraska e Jace resolvem que o vilão Nicol Bolas não poderia saber tudo que havia acontecido e resolvem apagar as memórias de Vraska até o momento certo.
Guerra da Centelha
Portanto, é somente durante a Guerra da Centelha, a batalha final entre os planinautas e o Dragão, que Jace pode restaurar suas memórias. Assim, eles se reúnem para derrotar Bolas e, após a batalha, compartilharam um beijo emocionante, marcando o verdadeiro início de seu relacionamento romântico.
O mais crítico desafio: Nova Phyrexia
Mesmo tendo lutado e vencido o antológico vilão de Magic, o momento mais impactante e até sombrio dessa relação é a queda de ambos.
Nos eventos descritos em Tudo Será Um e Marcha das Máquinas, os personagens invadem Nova Phyrexia sendo separados. Vraska é rapidamente capturada pelos arautos do mundo corrompido. Com isso, Jace já a encontra em agonia, os phyrexianos a torturam e brincam com a mesma profundamente infectada pelo óleo.
Jace está desesperado e tenta salvá-la de todas as formas, o que só o leva à própria derrota. Vraska, mesmo sendo transformada, sussurra palavras de despedida, dizendo a Jace que sempre quis um futuro ao lado dele.

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Tudo piora rápido demais
Jace perdeu demais ao longo de sua vida e aquele momento rompeu todos os limites do que conseguia suportar. Assim, Jace decide ficar ali, junto a Vraska, relembrando seus momentos juntos até o inevitável fim.
Da forma mais cruel jamais imaginada pelo casal, eles estavam juntos - Sendo Um em Phyrexia.

A Derrota de Phyrexia E um desejo perigoso
Com a derrota de Nova Phyrexia, Jace e Vraska conseguem se “descompletar”, eliminando assim as características e corrupção do óleo brilhante. Mas algo muda em ambos. Eles sentiam-se certos de que nada de bom viria dos Omenpaths, os caminhos entre os planos gerados pela invasão de Nova Phyrexia. É assim que se esboça um desejo: O fim dos conflitos multiversais que os haviam marcado e um renascimento do Multiverso.
A questão é... como?

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Momento atual
Os planos do casal ainda não são totalmente claros nesse estágio da lore (lançamento de Tarkir: Dragonstorm). Mas já vimos sinais estranhos nas últimas coleções. Vamos passar um pouco sobre cada passagem:
Terras Selvagens de Eldraine
Jace Beleren não desempenha um papel claro na narrativa. No entanto, em uma cena final, Jace utiliza suas habilidades de ilusão para se disfarçar como Ashiok. Essa estratégia faz parte de algum plano mais amplo que se desenrola em Os Fora da Lei de Encruzilhada do Trovão.

As Cavernas Perdidas de Ixalan
Embora o casal não apareça nesta história, aqui somos apresentados ao extinto e poderoso Império Fomori, uma raça ancestral cujos vestígios se espalham por todo o multiverso. É um Império que invadia e conquistava planos, o que é muito perigoso com um multiverso coberto por Omenpaths que permitem a expansão de qualquer mal por todo o multiverso. E aparentemente eles estão retornando.

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Assassinatos na Mansão Karlov
Descobrimos que em algum momento Jace Beleren foi a Ravnica para subjugar o detetive Alquist Proft e, com isso, aprender diretamente de sua mente como usar sua habilidade de materializar pensamentos.

Os Fora da Lei de Encruzilhada do Trovão
Aqui, revelações importantes vêm à tona. Jace e Vraska claramente se encontram em um plano conectado ao misterioso Cofre Fomori. Descobrimos que Jace já havia encontrado o cofre em uma missão passada a serviço de Nicol Bolas. Na ocasião, ele percebeu que no cofre habitava uma forma de vida, mas o que mais chama a atenção é que o próprio Nicol Bolas temia o artefato.
No desfecho da história, Jace, disfarçado como Ashiok, utiliza essa identidade para obter acesso não apenas ao cofre, mas, principalmente, às chaves que o selam. Lá dentro, eles resgatam Loot, um filhote extraordinário com a incrível habilidade de enxergar todo o multiverso e todos os Omenpaths. Seria ele um filhote Fomori?

Bloomburrow
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A história de Bloomburrow foca nos eventos internos do próprio plano. No entanto, no último capítulo, surge a justificativa para a carta em versão raposa de Jace Beleren: nos momentos finais, uma personagem revela a Ral Zarek uma profecia enigmática:
- Os reis na escuridão retornarão, o mago azul trará o fim.
Essa revelação sugere uma possível conexão entre o Império Fomori e os planos de Jace. Mas profecias podem ser misteriosas e capciosas e ainda não sabemos de tudo.


Noctumbra: A Casa dos Horrores
Noctumbra adiciona peças muito interessantes ao cenário atual da lore. Primeiro somos apresentados ao demônio Valgavoth. Ele é uma poderosa criatura capaz de engolir planos inteiros e que, com os Omenpaths, pode ter acesso a todo o multiverso. Essa ideia parece dar alguma razão a Jace e Vraska em relação a se preocuparem com os conflitos que os portais podem trazer.
Somos apresentados também ao fato de que Vraska e Loot foram sequestrados pelo demônio em algum momento. Nesse contexto, vemos Jace e a coleção sugere que o mesmo consegue resgatar apenas Vraska. Entre suas aparições, Jace encontra Kaito e o abandona em uma situação delicada, reforçando a leitura de anti-herói para mago o mental. Ainda assim, ao final da história, fica a desconfiança: o que Valgavoth é capaz de fazer com Loot e sua habilidade de ver o multiverso?

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Aetherdrift
Em Aetherdrift as ações dúbias de Jace e Vraska se aprofundam, chegando a entrar em conflito com Chandra Nalaar. Aqui, o casal aparece durante a corrida do segundo interplanar Ghirapur Grand Prix para resgatar Loot, perdido desde Noctumbra. O pequeno e cobiçado personagem é resgatado da posse de Winter, um tipo de arauto de Valgavoth.
A questão é como isso acontece: Jace negocia um golpe de estado na sede da competição, Avishkar (antiga Kaladesh); ataca direta e violentamente Chandra e domina a mente de diversos membros da corrida. A violência é tamanha que assusta não apenas Chandra, mas sua companheira Vraska e até ele próprio. Jace parece justificar todas as suas ações com o plano que tem em torno da renovação do multiverso... algo semelhante a: “Os fins justificam os meios”!
Outro elemento que fica mais claro é o crescente incômodo de Vraska em como as coisas andam ocorrendo. Principalmente em como Jace tem tratado Loot mais como um objeto e menos como família, que era a postura inicial.

Finalmente um desfecho: Tarkir: Tempestade de Dragões

Em Tarkir, Jace Beleren e Vraska lutam para se reconstruir. Mas a dor que compartilham os empurra em direções diferentes. Vraska tenta olhar para frente. Jace, para trás.
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O ponto de conflito entre eles se confirma na figura de Loot, que aqui ja se mostra de fato como o Fomori que suspeitávamos. Jace, consumido pelo desejo de reparar os erros do passado, mergulha repetidamente na mente de Loot usando magia hipnótica. Vraska observa isso com crescente desconforto. Ela vê Loot como família, não uma ferramenta.
- Você não precisa consertar tudo - ela diz a Jace.
- Só precisa viver comigo. Aqui. Agora.
Mas Jace apenas desvia o olhar, ainda tentando desvendar segredos antigos que, para ele, podem reverter a dor que os separa.
O reino proibido: O plano de meditação
Guiados por pistas fragmentadas e visões, Jace, Vraska, Narset e Elspeth atravessam planos até o mítico Plano de Meditação - espaço quase atemporal onde dragões e ideias tomam forma.
Ao entrarem, se deparam com uma prisão etérea: Ugin e Nicol Bolas, presos juntos em um equilíbrio tenso e selado por forças antigas.

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Ugin, em fúria contida, surge diante deles. Seus olhos cintilam com energia ancestral enquanto encara Jace.
- O que vocês estão fazendo aqui? Vão embora. Beleren, nós tínhamos um acordo.
Havia um pacto entre eles: Jace deveria manter o segredo da prisão de Bolas e jamais interferir. Mas esse pacto já não segura as intenções do ilusionista. Jace, em silêncio, segue um plano próprio. Ele cria uma ilusão para distrair os outros e se aproxima da gema espiritual de Ugin (que foi usada na história por um bom tempo por Nicol Bolas), um foco de energia primordial com o poder de remodelar realidades inteiras.
Enquanto seus aliados percebem tarde demais, ele segura a gema e, com a voz trêmula, mas convicta, diz:
- Por favor, confiem em mim.
Sua intenção era recriar o multiverso. Um novo início, livre da corrupção Phyrexiana, livre da dor, livre da culpa que o assombra. Mas o poder que tenta controlar não se curva à sua vontade.
Mas Jace talvez tenha se precipitado
A energia bruta da gema reage como uma fera selvagem. O plano inteiro começa a se desintegrar. O que Jace acreditava poder reordenar escapa de suas mãos. Suas ilusões se quebram e seu corpo se desfaz, consumido pelo próprio desejo de salvação.
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Narset, Elspeth, Vraska e Loot mal conseguem escapar, atravessando um omenpath instável antes que o Plano de Meditação entre em colapso definitivo. O selo, agora rompido, não segura mais o que estava preso.
Voltando a Tarkir
De volta a Tarkir, uma nova ameaça: um exército de dragões liderado por Sarkhan Vol, em sua forma dracônica. Antes que o ataque comece, Ugin retorna e intervém com uma única palavra:
- Chega!
Após uma breve e intensa batalha, ele derrota Sarkhan, dispersa os dragões e, ao pousar, carrega não só o peso da vitória, mas a culpa por sua negligência.
- As tempestades de dragões se comportam como filhotes quando eu não estou lá para mantê-las sob controle. Fui negligente na disciplina e fui negligente na guarda do meu irmão. De alguma forma, Bolas retornou. Nicol Bolas, receio dizer, está livre.

Silêncio após o caos
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Enquanto o céu clareia e o rugido dos dragões se distancia, Elspeth encara o horizonte. Ela se vira para Vraska, agora segurando Loot nos braços.
- Leve-o. Protejam-se, diz Elspeth.
- O que vem agora... exige que fiquemos e lutemos.
Vraska parte com Loot. Elspeth e Narset se preparam. Mas no último instante… voltamos a Jace. Sim, ele conseguiu refazer seu corpo, mas e agora?

Conclusão
Vocês têm teorias sobre Jace e Vraska agora? Conte para a gente nos comentários abaixo!
Até o próximo artigo!
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