Magic: the Gathering

Deck Guide

Modern: Mono Green Tron e o timing

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Nosso querido Tron está tentando voltar ao meta, aparecendo em Challenges, e exploraremos sobre como chegou até aqui e o que isso significa!

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revisado por Tabata Marques

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Indice

  1. > Antes de tudo, o Deck
  2. > Interações com o Meta
  3. > Sideboard e Timing
  4. > Alternativas para o Deck
  5. > Conclusão

Sou o tipo de pessoa que ama observar o meta e suas atualizações, e para trazer alguma lista pra vocês, gosto de procurar o que alguns resultados em específico tem "algo a mais a dizer". Quando certos decks conseguem resultado, isso diz repeito tanto sobre o meta quanto ao baralho em si.

Dito isso, hoje vamos falar sobre as tentativas do Green Tron de voltar ao meta, afinal, faz não muito tempo, no Challenge do dia 08/08, tivemos um campeonato com três aparições no Top 8 desse deck que estava adormecido desde a vinda de Modern Horizons 2. Desde então, listas do arquétipo vem constantemente aparecendo em 5-0 de Ligas e outros eventos, como um sólido Top 12 no Challenge do dia 22/08, aparições que foram cada vez mais me chamando atenção.

Antes de tudo, o Deck

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É até nostálgico ver uma lista tão clássica nesse momento tão "atual" do magic. Mas ser clássica não quer dizer que ela ignora o meta contemporâneo com sua quantidade grande de ameaças nos primeiros turnos, como o infame Ragavan, Nimble Pilferer, a Dragon's Rage Channeler e a Stoneforge Mystic.

Para combatê-las, esse Tron em questão está usando uma quantidade relevante de remoções, levando Dismember e dois Warping Wail, que conseguem lidar com a maior parte dessas criaturas.

Outro ponto importante são as duas Relic of Progenitus, que não são novidades para este deck, mas são especialmente boas em um metagame que utiliza com frequência o cemitério.

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Mas convenhamos, diferente de decks que foram feitos para responder a ameaças, como o Jund Food que eu trouxe no artigo passadolink outside website, o Green Tron é a ameaça!

O que faz o deck ser tão temido até hoje é sua quantidade de cartas de alto impacto, como o Ulamog, the Ceaseless Hunger, Karn Liberated e Ugin, the Spirit Dragon, que sozinhos conseguem ganhar partidas com uma certa folga, o que faz com que o topdeck do baralho seja, ainda hoje, considerado por muitos como o melhor do formato.

Ter tanto recurso por carta faz com que o jogador de tron ligue pouco para conceitos de card advantage (inclusive também faz com que o deck tenha um mulligan ótimo, já que após ter todas as peças de Urza na mesa, você precisa apenas encaixar uma das poderosas cartas-chave para, na maioria das vezes, vencer o jogo), anulações alguma hora irão acabar e descartes, geralmente, atrapalham pouco.

O verdadeiro inimigo do tron em uma batalha é a falta de tempo, decks que finalizam o jogo em poucos turnos acabam levando vantagem contra nosso deck de hoje, mas do contrário, o Green Tron se mostra um monstro inevitável com mais pressão a cada turno que passa.

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Interações com o Meta

Bom, agora que eu falei sobre o deck, vamos ver um pouco como essa lista interage contra alguns baralhos do Modern contemporâneo!

As remoções que eu citei acima são ótimas para lidar com os astros atuais do formato: Izzet Tempo e Hammer Time.

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Nas condições corretas, Warping Wail consegue lidar com quase todas as criaturas desses baralhos, já Dismember é uma remoção tão eficiente quanto, mesmo a custo de dolorosos 4 pontos de vida. Pelo fato de Hammer Time possuir mãos mais agressivas, podendo conectar 10 de dano no turno 2, a batalha é um pouco mais arriscada, mas não impossível. Já o Izzet Tempo por ser bem mais cadenciado, normalmente não consegue segurar a pressão exercida por nossos planeswalkers e criaturas.

Crashing Footfalls é um baralho que, por incrível que pareça, é muito parecido com o Green Tron, possuindo bons mulligans e topdecks, raramente fazendo muita coisa até o turno três, mas após isso, põe uma ameaça extremamente impactante... Acontece que a "ameaça impactante" do Crashing Footfalls são dois Rinocerontes 4/4, o que realmente é algo muito forte contra a maioria dos outros decks, mas perto de Ugin, Karn e Wurmcoil Engine... os rinocerontes ficam no chinelo. Então o ritmo parecido dos dois baralhos dá uma vantagem grande ao Tron, que tem armas muito mais pesadas em seu arsenal.

Sideboard e Timing

"Uau, me parece ótimo contra muita coisa, por que ele estava sumido então?"

É aqui que chegamos no "algo mais a dizer".

Por possuir essa força famosa e colossal, o Green Tron é um deck muito visado. Quando tinha mais presença no meta, todos os baralhos reservavam algum slot em seu sideboard especificamente para combater os terrenos de Urza.

Com o passar do tempo, mais e mais armas focadas em impedir o Tron foram sendo lançadas, cada vez mais versáteis e eficientes. Modern Horizons II não foi diferente, trazendo cartas como Void Mirror, Obsidian Charmaw e Break the Ice que, aliadas a outra diversidade de cartas lançadas anteriormente como Blood Moon e Damping Sphere, dificultam bastante a vida do jogador que tenta gerar sete manas no terceiro turno. Assim, no começo desse novo meta todos os decks se sentiram munidos para lidar com essa match e nosso Tron acabou perdendo espaço.

Acontece que, por conta desse sumiço, a maioria dos jogadores acabaram deixando de lado a importância do Green Tron na hora de pensar em sideboard e, gradativamente, os hates se resumiram mais a cartas como o Void Mirror, que mesmo atrapalhando pode ser contornado por outra carta igualmente nova, Yavimaya, Cradle of Growth. Então, os três jogadores que ficaram no Top 8 desse Challenge em questão também foram beneficiados por esse momento do meta.

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Claro que não é qualquer deck que possui condições de aproveitar esse momento no metagame, como vimos, o Tron segue sendo uma aposta forte ainda hoje e possui um peso grande em mesa, o que também foi crucial para esse desempenho.

Alternativas para o Deck

Após esse evento, eu observei diversas outras participações do Green Tron em ligas e outros eventos, algumas com adições interessantes que eu pensei em trazer para vocês.

Começando com outra opção de remoção, Gut Shot é interessante para quem quer economizar mana e pontos de vida, mesmo sendo bem mais limitado que o Dismember, a eficiência em mana é muito importante, já que o Tron precisa passar os primeiros turnos dando muita atenção ao plano de procurar seus terrenos de Urza. Em contraponto, é uma remoção bem menos eficiente no late game, então a ideia do deck ter um ótimo topdeck acaba sendo um pouco dissipada nesse ponto.

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Agora, que tal um companheiro? Jegantha, the Wellspring funciona muito bem aqui. Mesmo com a habilidade de gerar mana sendo pouco útil para o deck, é uma criatura a mais na sua mão inicial praticamente de graça, o que ainda pode ser útil em momentos de flood ou de exaustão de recursos.

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Por fim, uma das opções que eu pessoalmente adoro: Emrakul, the Promised End é extremamente poderosa aqui, possuindo um impacto tão grande (ou às vezes maior) que seu parente, Ulamog, the Ceaseless Hunger, sem falar que a nossa mãe Eldrazi acaba custando bem menos no mid game, por conta da sua habilidade de delírio. Todas essas vantagens fazem com que a grande Emrakul seja uma opção muito considerável.

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Conclusão

O metagame é um ambiente com muitos pontos a considerar e o Timing é um deles. Saber quando utilizar um deck consolidado que está fora do radar é uma decisão que pode te beneficiar muito, portanto, é super relevante e aconselhável uma análise constante do plano geral das coisas, assim é possível enxergar essas opções com mais clareza.

E com esse conselho eu vou ficando por aqui, espero que tenha gostado da leitura!

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